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Seis etapas para pautar a imprensa

16 outubro 2019

As redes sociais estão em alta e é praticamente impossível questionar o potencial desses canais sob o ponto de vista de alcance e repercussão. No entanto, a assessoria de imprensa ainda é um recurso que pode – e deve – ser muito explorado, não só por grandes organizações, mas por empreendedores que possuam pequenos negócios.

A tendência é, de forma geral, que a mídia espontânea transmita mais credibilidade, afinal, não há investimento financeiro direto por trás da publicação, o conteúdo é “chancelado” pelos critérios editoriais do veículo de imprensa. Mas como pautar os jornalistas?

QUEM FAZ O QUE NO JORNALISMO?

Antes de começar a agir, de fato, é importante conhecer como funciona uma redação. Sim, ter uma noção geral da distribuição das funções e das responsabilidades de cada profissional nas empresas do mercado de jornalismo. Saber o que faz o repórter, o pauteiro ou produtor, o editor, o redator, o apresentador, o cinegrafista, o repórter fotográfico, o editor chefe, os repórteres especiais etc. pode ajudar bastante na hora de se relacionar com os jornalistas.

O SERVIÇO

Depois de conhecidas as funções, é importante compreender a finalidade do trabalho jornalístico. A experiência vivida com canais de comunicação interna pode deixar a fonte ou o empreendedor “mal acostumado”, já que, no caso da CI, a intenção é basicamente valorizar o trabalho e destacar pontos positivos e resultados obtidos com determinado projeto ou iniciativa.

A imprensa tem a missão de prestar serviço, de investigar, de questionar, de apresentar análise crítica para temas factuais ou de relevância. Formar opinião é sim um papel do jornalista de redação, para isso, apura e trabalha as informações para produzir conteúdo, acima de tudo, com imparcialidade – ao menos deveria ser assim.

Lembre-se sempre de que a imprensa não trabalha para qualquer tipo de organização ou negócio, logo, é natural que haja perguntas delicadas em uma entrevista, abordagens inesperadas do tema e publicações construídas não só à base de elogios ou aspectos positivos.

SERÁ QUE VIRA NOTÍCIA?

como acionar a imprensaÉ interessante conhecer, também, os critérios de noticiabilidade usados pelos jornalistas para interpretar se determinado fato é ou não notícia.  Alguns dos critérios de noticiabilidade usados nas redações são, por exemplo, ineditismo, improbabilidade, interesse, apelo, empatia, proximidade, impacto, repercussão, humor, rivalidade e progresso. Perguntas como “É relevante?” e “É de interesse da população?” fazem parte da rotina das redações.

Frequentemente profissionais acionam a imprensa para sugerir pautas e acabam não tendo sucesso. Mas há uma explicação. Primeiramente, podem não saber corretamente como abordar o tema ou como oferecer a sugestão ao pauteiro; em outros casos, podem não ter encontrado, de fato, uma boa pauta, o que tem total relação com os critérios de noticiabilidade. E é justamente aí que entra o assessor de imprensa. Se estiver precisando de ajuda para divulgar seu negócio na imprensa, entre em contato.

ENTREGUE CONTEÚDO RELEVANTE

Procure oferecer algo que agregue valor ao trabalho dos jornalistas de redação, produza conteúdo interessante e útil. Uma boa apuração ajuda a proporcionar bom nível de detalhamento, fica a dica. Entregue informações em primeira mão, dados exclusivos e números ainda não divulgados, forneça especialistas sobre o assunto para serem as fontes da matéria e esteja sempre disponível para entrevistas e esclarecimento de dúvidas. Esse relacionamento é fundamental.

Os jornalistas que trabalham em redação recebem uma infinidade de e-mails e ligações durante todo o expediente, portanto, procure se diferenciar, forneça algo verdadeiramente relevante. Não deixe que seu e-mail ou sua ligação sejam percebidos como “mais um” em meio às diversas sugestões de pauta.

PARA QUEM ENVIAR?

Em algumas situações, o envio em massa, para todo o mailing de imprensa, pode sim funcionar, no entanto, tenha em mente que cada veículo possui sua linha editorial e pode ser, inclusive, especializado em determinados temas. Uma estratégia bastante comum, por exemplo, é destinar o release a um veículo específico, garantindo exclusividade da pauta. Pense nisso.

Ter um mailing completo e atualizado é o mais importante neste caso. A partir da lista, formada por todas as informações necessárias de cada contato, é possível elaborar a estratégia e definir para quem será enviada a sugestão de pauta. O que não pode acontecer é deixar o mailing desatualizado, incompleto ou inacessível – sim, salve-o onde todos da equipe possam acessá-lo, de qualquer lugar, a qualquer momento.

RELACIONAMENTO CONSTANTE

Seis etapas para pautar a imprensaO que pode ajudar bastante no momento em que for sugerir uma pauta é ter um bom relacionamento com os jornalistas, por isso mantenha contato, por mais que não seja para propor pautas. Procure, por exemplo, interagir nas redes sociais e acompanhar o trabalho dos jornalistas: curta, comente, compartilhe e incentive, mostre que está por perto e que valoriza o trabalho.

Depois que oferecer a pauta, é importantíssimo fazer follow up, não só para certificar-se do recebimento e da possibilidade concreta de publicação, mas para se apresentar disponível e reforçar a atenção especial dada ao trabalho da imprensa. Acompanhe de perto o processo e lembre-se de explorar posteriormente a publicação, por exemplo, no clipping e nas redes sociais.

Agora que conhece as etapas básicas, procure explorar todo esse universo da assessoria de imprensa. Se precisar de ajuda, entre em contato. Já pensou, por exemplo, em fazer uma entrevista coletiva? Será que é sempre uma boa estratégia?

Gabriel Rocha

Gabriel Rocha é jornalista, graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e trabalha há quatro anos com comunicação interna, depois de passar por redação e assessorias de imprensa. Possui MBA em Administração de Marketing e Comunicação Empresarial pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) e está, atualmente, em fase de conclusão de uma pós-graduação em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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